Mogli: O menino lobo volta com tudo
The Jungle BookSinopse
Jon Favreu parece ter percebido que seu real talento é a direção e não a atuação faz algum tempo, não é a toa que nos presenteou com direções concisas, mas muito precisas. Vide Homem de Ferro 1 e 2 e a comédia romântica Chef, que também protagoniza. Ganhar confiança lhe deu a coragem necessária para arriscar em um projeto como Mogli – tão esperado, quanto repreendido – e ele não decepciona.
As diferenças entre a estréia da semana e a animação produzida em 1967 (última a ter um toque das próprias mãos de Walt Disney) começam com o arrebatamento da computação gráfica, com certeza o maior espetáculo em efeitos especiais desde Avatar. A cada animal que surge em cena, maior o assombro.
Vale ressaltar a maturidade trabalhada no enredo. O menino mimado de antes, agora é responsável em prol do bem da comunidade que o acolheu como família. Com essa sobriedade se perde um pouco do humor que fez do urso Baloo um dos maiores vigaristas da história do cinema, coisa facilmente perdoada em seus momentos de protagonista. Ponto para a cena nostálgica da canção Somente o necessário, idêntica a da animação. Impossível não cantar junto.
No elenco contam nomes de peso como Bill Murray, Idris Elba, Christopher Walken, Scarlett Johannsson, Lupita Nyong’o, Ben Kingsley e a revelação, Emjay Anthony, queridinho de Favreu desde a parceria de Chef.
Entre boas metáforas e explicações da cadeia alimentar, o espectador passa a pensar no que o faz um ser social, o que designa um lar, as variantes transformam o resultado final? Mas, o puro entretenimento está lá, com músicas empolgantes e dublagens qualitativas tanto na versão americana, quanto na brasileira – atente-se ao trabalho de Tiago Abravanel como Rei Louie.
Ir ao cinema para assistir Mogli: O menino lobo agradará crianças e adultos. Se puder, arrisque a experiência em 3D, engrandece a excelente fotografia.