Desaparecimento e mistério rodam os episódios de “The Family”

Desaparecimento e mistério rodam os episódios de “The Family”

The Family

N/A N/A SÉRIES

7.4
IMDb 7.4/10 1,464 votos

03 Mar 2016

N/A

Sinopse


Desaparecimentos de crianças e pedofilia não são temas novos nas séries de TV. Uma gama de shows de investigação policial já abordaram o assunto pelo menos uma vez. E é esse o plot de “The Family” (2016, ABC). Adam Warren (Liam James) desapareceu aos 8 anos. Os irmãos, Willa (Alison Pil) e Danny (Zach Gilford) deram a falta de Adam tarde demais. Os pais, Claire (Joan Allen) e John (Rupert Graves), também não perceberam o sumiço do garoto. A polícia começou a procurar e a investigar o desaparecimento e o vizinho, Hank Asher (Andrew McCarthy), um homem de meia idade com acusações de pedofilia, é declarado culpado por matar o garoto e o caso foi encerrado.

Até que, 10 anos depois, Adam reaparece. A investigação é então reaberta e vai ganhando traços e rumos diferentes. Acompanhamos a detetive Nina Meyer (Margot Bingham) em sua corrida contra o tempo na busca pelo sequestrador de Adam. Enquanto isso, a família Warren, mudada, reconstrói a sua vida com retorno do membro mais novo. Agora Claire é candidata ao governo de Maine, John é um escritor de sucesso, Willa trabalha para mãe e Danny vive em bares. Do outro lado da rua, Hank Asher tenta retomar a sua vida após ser inocentado da morte de Adam.

O mais interessante de “The Family” não é a premissa em si, já que é um tema batido, mas como a história é desenvolvida. Não há bandidos nem mocinhos e, episódio após episódio, fica claro (ou, pelo menos, essa é a impressão) que nenhum dos personagens, seja a família, vizinho ou os policiais, são inocentes. A narrativa é intensa, eletrizante e muito misteriosa. Nenhum episódio termina sem pontos de interrogação, deixando a ansiedade por um novo capítulo lá nas alturas.

“The Family” marca o retorno de Andrew McCarthy às telas. O famoso galã da década de 1980 volta maduro e com um personagem de uma densidade dramática bem interessante. Hank Asher, apesar de ser o pedófilo da cidade, é o personagem mais interessante do show, com mais camadas a serem exploradas. Ele desperta empatia, às vezes pena, mesmo você sabendo que é errado. Outro destaque fica com Liam James. Após fugir do cativeiro, é visível que marcas profundas e dolorosas ficaram marcadas em Adam, mas a forma como James explora cada pedaço da história do garoto, deixa o personagem cada vez mais interessante. Alison Pil também faz um brilhante trabalho como Willa, uma mulher que, consumida pela culpa quando criança, buscou na religião e no trabalho uma maneira de se redimir.

São 12 episódios de muito suspense, drama e reviravoltas. Não sei que se “The Family” terá uma segunda temporada. A série é daquelas que não precisaria ter, já que os roteiristas poderiam desvirtuar da história que foi apresentada até aqui e jogar a qualidade do show lá embaixo. Mas, com ou sem renovação, “The Family” vale o tempo investido, seja pela história ou seja pelo elenco.

Crédito: Iracema Pires Martins e Ely Gabriel Fonseca Rocha

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