Filme As Sufragistas: levanta questões da luta feminista

Filme As Sufragistas: levanta questões da luta feminista

Suffragette

PG-13 106 min NACIONAL

6.9
IMDb 6.9/10 17,365 votos

12 Oct 2015

14 vitórias & 11 nomeações.

Sinopse


Num cenário em que mulheres lutam pela liberdade de seus corpos e se organizam em manifestações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, estreou As Sufragistas. O longa tem equipe totalmente feminina e retrata o movimento feminista dos anos 1910 na Inglaterra que reivindicava o direito ao voto.

Ao mesmo tempo, acompanhamos a vida particular de Maud Watts, interpretada por Carey Mulligan (O Grande Gatsby), uma operária que nasceu e cresceu na lavanderia onde trabalha. Maud acaba conhecendo o movimento por uma colega de trabalho. O espectador acompanha também a relação de Watts com vários homens: seu filho, seu marido e o patrão da fábrica. O único homem adulto que foge do estereótipo homem-opressor é o farmacêutico, marido da personagem de Helena Boham Carter, que simpatiza com o movimento e auxilia em vários momentos da história.

Dirigido por Sarah Gavron e roteirizado por Abi Morgan, o longa venceu o Women Film Critics Circle Awards, premiação dedicada a filmes feitos ou sobre mulheres. A diretora não inova, mas consegue levantar questões muito atuais – igualdade de gênero, violência contra a mulher, truculência policial em relação a movimentos sociais -, por isso, compensa a falta de criatividade.
O filme também supre um vazio no mercado audiovisual, em que poucas são as mulheres que são reconhecidas por seus trabalhas como diretoras e roteiristas, por exemplo. Um número menor ainda é lembrado em premiações. Além disso, são inúmeras as diferenças de trabalho em relação aos homens: atrizes consagradas e premiadas ainda ganham salários menores que seus companheiros de cena.
Ao final, o filme também lembra ao espectador que o direito ao voto é uma conquista muito recente. Na Inglaterra foi obtido em 1928. No Brasil, em 1932. Uma lista mostra que em países do Oriente Médio, na Arábia Saudita por exemplo, o voto e a participação ativa da mulher na política foram permitidos apenas no ano passado.

Assim, As Sufragistas cumpre seu papel tanto como lembrança do início do movimento feminista quanto para reiterar que a luta é constante. Os direitos das mulheres estão em risco a todo momento. Cabe à classe se organizar e garantir que eles não sejam perdidos.
idos.

Crédito: Carolina Carettin e Raony Machado

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