Por que a Banshee Prateada é a pior vilã de Supergirl

Por que a Banshee Prateada é a pior vilã de Supergirl

Supergirl

TV-PG 43 min SÉRIES

6.4
IMDb 6.4/10 36,556 votos

26 Oct 2015

2 vitórias & 4 nomeações.

Sinopse


Quem acompanha a série da CBS estrelada por Melissa Benoist ouviu falar da Banshee Prateada muito antes de sua primeira aparição. Nos quadrinhos originais, a Banshee Prateada era uma das inimigas do Superman. Já no relançamento, The New 52, ela aparece como uma aliada “boazinha” da Supergirl. Entre uma e outra, os criadores de Supergirl da CBS mantiveram o sobrenome da Banshee boazinha, mas com o caráter da vilã de Superman.

Logo quando conhecemos Siobhan Smythe (interpretada por Italia Ricci), já temos uma leve ideia do quão desagradável ela pode ser. Contratada como a nova assistente de Cat Grant, dona da empresa onde a Kara Zor-el (ou Danvers) trabalha, Siobhan é logo colocada pela própria Cat como uma competição para Kara (aquele clichê de assistente número 1 versus assistente número 2). A confusão já começa aí. É verdade que mais de uma vez a Kara demonstrou certa dificuldade de balancear seu trabalho como assistente com sua identidade secreta de heroína, mas no momento em que Siobhan aparece, não há nenhum conflito entre Kara e Cat, então a contratação de outra assistente parece desnecessária.

Mesmo assim, nos episódios seguintes, vemos a dinâmica da nova personagem com as outras pessoas no escritório e continuamente ela demonstra ser uma pessoa complicada. Ela jura fazer o que for necessário para ser a próxima Cat Grant do jornalismo. Quando Siobhan recebe um vídeo comprometedor da Supergirl e exige que Cat Grant o exiba para todos e a “rainha da mídia” se recusa, Siobhan envia esse vídeo para um concorrente de Cat com esperanças de ser contratada em uma posição melhor em outra empresa.
Kara descobre o que aconteceu e conta para Cat que Siobhan vazou o vídeo. A partir desse momento, Siobhan promete destruiu a Kara. Outra coisa que não faz sentido. Mesmo que Siobhan tenha ficado com raiva por ter sido demitida por Cat, a seriedade do que ela fez vai além da capacidade de perdão de qualquer um. Mas pior do que isso, Cat Grant também espalha para todos os seus concorrentes o quão sem caráter Siobhan é e ela acaba não conseguindo nenhum emprego em lugar nenhum.

O resumo é que Siobhan não tinha motivos para jurar a Kara como sua inimiga mortal se ela não fez nada de errado. Mesmo assim, ela ainda tenta se vingar da Kara e acaba sendo descoberta de novo e humilhada por Cat Grant uma segunda vez.
Diferente das Banshees dos HQs, a história de Siobhan envolve uma maldição de família. Então ela não é uma alienígena, não é de outra Terra nem meta-humana. Siobhan Smythe é uma Irlandesa que se mudou para os Estados Unidos devido a sua relação complicada com seu pai. Todas as mulheres de sua família são amaldiçoadas pelo espirito de um Banshee Prateado que as perturba e as controla até que elas matem aqueles que erraram com elas. E assim Siobhan decide matar a Kara que, aparentemente, é a pessoa que cometeu um suposto erro digno de morte. (Oi?)
Com ajuda de outra vilã, a Banshee Prateada aparece com uma maquiagem à la O Estranho Mundo de Jack para matar a Supergirl – ela percebeu que não é possível chegar à Kara sem passar pela Supergirl (TENHO UMA COISA PRA TE CONTAR, AMIGA). Porém, com ajuda do Flash (isso mesmo, teve episódio crossover com The Flash), a Supergirl consegue prender as duas vilãs.

E assim a Banshee Prateada vai passar o resto da vida sendo atormentada por um Banshee Prateado que acabará destruindo sua alma. Um final super tranquilo e favorável. O que realmente não se encaixa é ela ter escolhido a Kara como sua inimiga quando foi a Cat que destruiu todos os seus planos de carreira por causa de um erro que a própria Siobhan cometeu. Essa personagem tinha muito potencial, tivemos oportunidade de acompanhá-la por vários episódios, os escritores pareciam realmente estar construindo um enredo para ela, é uma pena que o resultado tenha sido tão fraco e sem sentido.

Crédito: Paula Paixão e Wilker de Paulo Martins

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