Que horas ela volta? Realidade Social Brasileira

Que horas ela volta? Realidade Social Brasileira

The Second Mother

R 112 min DRAMA

7.9
IMDb 7.9/10 6,111 votos

28 Aug 2015

20 vitórias & 8 nomeações.

Sinopse


Em pleno século XXI, o filme de Anna Muyalert fala sobre o confronto dos dois mundos, o Sudeste e o Nordeste, a riqueza e a pobreza, uma realidade social e cultural da sociedade e da família brasileira. Não precisa ser social, político ou engajado em cinema, para entender a inspiração que o filme traz.
Lançado no meio de 2015, o filme tem Regina Casé no papel de Val, uma empregada doméstica de Recife que trabalha para uma família de classe média em São Paulo, com a qual desenvolveu grande vinculo, criando o filho dos patrões como se fosse filho dela. A relação desmorona quando sua filha, não criada por ela, veio do Nordeste e entra no mundo onde a mãe vive. Descobrindo assim a profissão de Val.

Sempre brincando com as diferenças sociais, Anna Muyalert conseguiu trazer a realidade atual, já que no Brasil o número de trabalhadores domésticos é alto, ressaltando que grande parte dos indivíduos de baixa renda que moram em São Paulo vem do Nordeste, e que a maioria das domésticas são mulheres, negras ou morenas e sem escolaridade.

Val, considerada uma quase mãe, cuida da casa e de Fabinho, filho do casal Bárbara e Carlos, influenciando na sua educação, fortalecendo a relação e até compartilhando problemas. Na casa, ela possui seu próprio lugar, separada dos demais, faz tudo o que a família pede. No filme, existe a relação entre serviço e salario, dominado e dominante. São dois mundos. Mostra a necessidade que o empregado tem pelo dinheiro, e o patrão que possui para pagar pelos serviços.

Quando a filha Jéssica, Camila Márdila, chega na intenção de prestar vestibular na mesma universidade onde o filho da família de classe media quer entrar, ela ensina a mãe a se questionar, respeitá-la e não ser aceita “como cidadã de segunda classe”. Ela rompe com a barreira invisível que existe entre os dois mundos, ela nos faz pensar se essa barreira e realmente necessária.
O público brasileiro se identificará a assistir este filme, enxergando suas atitudes e suas próprias famílias na tela. Principalmente pelo preconceito, quando pensam e deixam claro que a filha da empregada pobre não teria a capacidade de ser aprovada em uma universidade. Mas como no filme diz: o mundo esta mudando, o que não dá é para ficar indiferente em relação aos problemas sociais.

Crédito: Rhaquel Rocha e Lima e Fiama Angelica Melo Almeida

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