Showgirls um filme forçado
ShowgirlsSinopse
Outro fato que faz desconfiar da aura caça niqueis do filme é o envolvimento de roteiristas nomes que também participaram da produção de Instinto Selvagem. O diretor é o mesmo, mas, talvez constrangido com o resultado do filme, ele tenha adotado um pseudônimo como Jan Jensen, algo que não é incomum na indústria cinematográficca quando as coisas não dão muito certo.
Mas as semelhanças param por ai, porque a trama de Showgirl é bem menos sutil ou inteligente: uma garota que se muda para Las Vegas para se tornar uma estrela. Algo que já era clichê na década de 50.
Mas talvez o maior trunfo do filme, no Brasil ao menos, tenha sido a escolha do nome de Elizabeth Berkley como protagonista. Isso porque apesar do nome dela não ser exatamente conhecida no País, seu rosto emoldurado pelos seus encaracolados cabelos loiros eram bem familiar para adolescentes que acompanhavam, mesmo que de forma tardia, em relação aos EUA, seu desempenho na série Saved By The Bell, que retratava o cotidiano de um grupo de adolescentes no colegial americano.
Elizabeth foi rapidamente reconhecida, então mais madura, pelos fãs adolescentes. Comerciais na TV exploravam, mesmo que de forma sutil, a sexualidade contida no filme.
E para ser bem sincero, o filme não passa muito disso, uma alternativa soft porn para adolescentes que viam o rosto de Elizabeth, diariamente no SBT.
As críticas na época do lançamento não foram boas ou gentis, tanto que o filme possui uma avaliação abaixo de mediana. Foi também um fracasso comercial, colocando a produção no patamar de um dos piores filmes daquele ano.
Por conta disso, se você não é um adolescente preso de volta no tempo na década de 90, não perca as duas horas e oito minutos do seu tempo com um filme desses.